Camila Nascimento de Amorim


VIDA APÓS TÚMULO, A JORNADA PELA IMORTALIDADE: SUA EXPLICAÇÃO ATRAVÉS DAS CRENÇAS E RITUAIS DA CIVILIZAÇÃO EGÍPCIA 

Os egípcios possuíam uma religião politeísta, essa crença era marcada por vários mitos e ritos. Uma das convicções que eles criaram era da vida após a morte, tema este que será abordado, terá como base para a compreensão, o livro dos mortos do antigo Egito, no qual não pode ser compreendido separadamente da religião egípcia, pois ele é fundamental para entender como funcionava a vida depois da morte, além de ser um manual religioso para os mortos nas suas viagens no pós-morte e utilizado também para o afastamento de possíveis perigos como: demônios que poderia encontrar em sua jornada.

Desde os primórdios, o homem busca saber sobre as ações e os fenômenos que ocorriam em seu meio, surgindo assim  a criação de mitos para explicar esses acontecimentos. A morte é um desses fatores a ser notado e a ser questionado pelo homem, no qual sempre se faziam perguntas que tentariam explicar o que aconteceria depois que o corpo perecesse, a morte seria mesmo fim de tudo? Ou existiria uma segunda vida?

“A morte pode ser descrita como um fenômeno biológico universal, que apresenta o fim de um ciclo vital individual.” [SANTOS, E.M. 2016, p. 232.] Assim como ciclo o gestacional que é interrompido pelo nascimento, que se sucede pela idade infantil e assim por diante, são fases que marcam o desenvolvimento humano.

Após o processo de morte, o corpo acaba entrando nos primeiros indícios de decomposição como: o esfriamento do corpo, a cor da pele se modifica, os músculos ficam mais rígidos, ou seja, endurecido sem nenhuma flexibilidade. São essas algumas alterações que surge depois da morte, é o que nos diz Moacir Elias Santos, no capítulo “A Morte e os Mortos do Egito Antigo”:

“Verifica-se que, no instante da morte de um indivíduo, as atividades do corpo começam a se estagnar e todas as ações exotérmicas, tão características dos vivos, dão passagem ao lento esfriamento que ocorre nas extremidades [....]. Em caso de temperaturas extremas no ambiente, o corpo passa por um processo de desidratação,[...] se torna lívido, com manchas azuladas ou acinzentadas sob a pele, resultantes da deposição do sangue.”[SANTOS, E.M.2016, p. 232.]

Todos esses processos biológicos presentes após a morte, fez com que o homem quisesse evitá-la ou pelo menos afastá-la, surgindo assim, práticas e rituais em civilizações. Observamos isso no Egito antigo, onde encontramos o ritual da preservação do corpo para uma outra vida.

A preservação do corpo era de bastante importância para vida após túmulo no antigo Egito, para obter essa preservação utilizava-se da mumificação. Notamos  essa técnica sendo citada no capítulo 154 do livro dos mortos do antigo Egito, tendo como ponto principal do encantamento a preservação do corpo, observamos a reverência que o morto faz a o deus Osíris, falando da sua grandeza e da necessidade do mesmo de ser mumificado, afirmando ele que andou em vida com retidão e nada fez de errado para que o deus Osíris não atenda a seu pedido, o mesmo relata sobre sua dignidade negando  sobre ele o processo de decomposição de seu corpo vejamos a seguir:

“Oh Osíris, meu pai divino, salve! Eis que chego diante de ti para embalsamar teus membros! Faz embalsamar os meus, para que eu não pereça, e para que chegue a ser semelhante ao deus Khepra, senhor das metamorfoses, que ignora a putrefação. Concede me oh! Osíris, uma forma que seja semelhante à deste deus[...]. Torna-me estável e imutável, oh! Senhor dos Ataúdes! [...]. Em verdade nada fiz para que tu me detestes, oh! Osíris! Entre todos os que te amam sempre te glorifiquei. Por isso, que meu corpo não chegue ser presa dos vermes. Livra-me, salva-me, como tu te livraste e te salvaste! Possa eu. Depois da morte, ignorar a putrefação [...]. Depois da morte terão medo de mim: sejam os animais, pássaros ou peixes, os que rastejam, os vermes que vivem nos cadáveres [...]. Que ele não se apodere de mim! Pois cabe a ti decidir minha sorte, oh! Osíris, meu pai divino, salve! Os membros do teu corpo serão eternamente teus; teu corpo não apodrecerá nem chegará a ser presa dos vermes; não inflamara como um balão; não chegará a ser um monte fervilhante de vermes[...]. Quanto a mim sou Khepra, o deus do chegar a se. E com meu cadáver permaneço por toda eternidade.” [ANÔNIMO.  O Livro dos Mortos: O primeiro livro da humanidade. 2005, p. 193.]

Observamos no capítulo 45, do livro dos mortos do antigo Egito a preocupação do morto de ser um deus e seu apelo, onde ele faz uma comparação de si com o deus Osíris e afirma ser o próprio. “Oh! Tu, imóvel e inerente como Osíris, tu inerente e imóvel como Osíris, cujos membros não apodreçam! Para que não se separem de teu corpo e te abandonem! Que meu corpo não apodreça! Pois eu sou Osíris.” [ANÔNIMO, O Livro dos Mortos: O primeiro livro da humanidade. 2005, p.62.]. Essa comparação está ligada ao mito presente na cultura egípcia de vida após morte. Tem como principal explicação da sua criação as ações de fenômenos naturais que corria no cotidiano.

Porém, os mitos não precisam ser necessariamente deixados em fontes escritas, mas podem ser passados oralmente. Porém podemos  dizer que a civilização egípcia deixou uma grande contribuição para a história da humanidade como: papiros, grandes monumentos e uma grande coleção de artefatos espalhados em diversos museus, sendo essencial para o entendimento religioso e social. Observamos a semelhança dessa crença da vida além do túmulo com o mito de Osíris na qual encontramos a “ressurreição” do deus. É o que nos fala o artigo da revista eletrônica UNITAS. “Para que se possa compreender o sentido das práticas funerárias dos antigos egípcios se faz necessário o conhecimento do mito que forneceu os principais elementos da crença na ressurreição e na imortalidade do ser humano.” [CORONA, F. 2016, p. 44.]

É de grande compreensão que o trecho citado logo a cima fala sobre a morte e a ressureição do deus Osíris. No artigo: “O mundo dos mortos no antigo Egito: Interpretação sociológica dos funerais egípcios em perspectiva Durkheimiana”, o autor fala que:

“Budge, foi uma das fontes principais responsável pela tradução do papiro de Ani, conhecido como o livro dos mortos, de certa maneira ele quis afirmar que não há registro narrativo da história de Osíris, se caso existiu uma narrativa até os dias de hoje nunca se chegou ao nosso conhecimento, só pinturas e papiros relatando essa história que pareciam está muito familiarizadas com os egípcios, pois em vários papiros se tinha trechos que relacionava-se a morte de Osíris,  por isso  entende-se que havia reconhecimento desse mito.” [CORONA, F. 2016, p. 44-45.]

Na citação do autor Corona, fala que não há um documento por completo que relate o mito de Osíris e sim alguns objetos que fazem menção a este mito, referente a ressurreição e ao processo de mumificação.  Podemos ver esse processo em um trecho do artigo da autora Marina Rockenback:

“Contasse no mito de Osíris, que seu irmão Seth com inveja dele, por estar prosperando no  Egito, trama um plano para prender Osíris em um sarcófago, em uma festa o mesmo engana o irmão dizendo que iria presentear aquele que cabe-se no sarcófago, sendo este o presente, ao experimentar Seth fecha e o lança no Rio Nilo , onde a correnteza o arrastou até o mar mediterrâneo, ao saber da notícia a deusa Ísis sai em busca de seu esposo, só em tão com a ajuda de Anúbis conseguiu  o encontra , porém estava morto e Ísis lamentava em cima do corpo de seu marido, ao saber que a deusa tinha encontrado o corpo de Osíris, Seth localiza o corpo do irmão  e o corta em várias partes espalhando por todo Egito. Outra vez a deusa parte em busca dos pedaços do corpo de Osíris, em sua busca encontrou e uniu todas as partes exeto o pênis de seu marido no qual o cria outro través da mágica, logo após acontece o processo de mumificação, mas conhecido como mumificação esse procedimento é composto por simbolismo e ritualismo que se tem citações de encantamentos mágicos e a colocação de amuletos, só então depois desse ritual Osíris é ressuscitado.” [ROCKENBACK. 2013, p. 169.]

Nesta história contada observamos o companheirismo e lealdade da deusa Ísis, além de notarmos as intrigas dentro da família, vemos também o ritual funerário tendo uma noção de como funcionava. Eram recitados encantamentos para que o morto ressuscitasse, sabendo ele que o deus Osíris sofreu igual aos homens terrenos, sendo visto como um deus-homem,  essa trajetória de sofrimento e de domínio sobre a morte, impulsionava o morto a desejar a imortalidade, pois estaria ao lado dos deuses em um “paraíso”.
Os egípcios acreditavam tanto, que construíam grandes monumentos que auxiliavam na passagem da vida após morte, assim como instrumentos para ajudar na mumificação e vários encantamentos escritos, tanto nas paredes das tumbas como também em papiros e amuletos, que ajudavam na proteção contra “demônios” que encontravam na longa viagem.  Além da mumificação e de todos os símbolos, era necessário para que o ritual fosse completo a recitação dos encantamentos sobre o corpo, que o levaria ser ressuscitado e começar sua jornada.

Após todo esse processo começar no mundo dos mortos viagens que a alma fazia. A região conhecida como “o Ament”, era cheia de perigos e demônios seres abaixo dos deuses que tinha como intuito atrapalhar a jornada que a alma fazia para chegar ao seu julgamento no Tribunal de Osíris.

Notamos no livro dos mortos três viagens que o morto faz antes de chegar ao seu destino final, vemos também a diferença de cada região. “A primeira é uma viagem da cidade dos vivos para a necrópole, após o período de mumificação, em que há o deslocamento da casa do morto até o rio, sua travessia e o transporte para a zona das tumbas, onde são feitos os rituais”. [ROLLAND. G. A.C,2015, p.13]. Essa primeira viagem pode ser observada como destinada ao local de sepultamento onde teria rituais destinado a ressurreição e viagem que o morto iria fazer. Já a segunda viagem: “É a passagem entre a existência terrestre e a vida além-tumba, que é indissociável dos ritos praticados sobre a múmia, fazendo com que haja alterações no ser que está morto, que passa a ser um vivo no Além”. [ROLLAND. G. A.C,2015, p.13] ou seja, essa etapa da viagem estava associada aos encantamentos que serviam para que o morto pudesse voltar a viver no além, podendo assim dar início a sua jornada. “A terceira viagem, era analise das ações do morto no além, até ele atingir a etapa final da sua trajetória no pós-vida”. [ROLLAND. G. A.C, 2015, p.13].

Após a morte, o morto “ressuscitado” continua tendo uma vida no mundo inferior, essa vida é a mesma a ser seguida quando estava em terra, ou seja, ele deveria fazer todas as ações que estavam presentes em seu cotidiano, dentre elas se alimentar, os familiares eram responsáveis por essa tarefa, mas principalmente o primeiro filho do morto tinha como papel principal levar o alimento, “deveria ser depositado diante da estela porta-falsa, objeto de comunicação entre os dois mundos”. [ROLLAND. G. A.C, 2015, p.26.] Como forma de oferenda, essa nutrição era importante, pois evitava que o morto perecesse e chegasse ao fim de estar vivo no mundo dos mortos, ou seja, ele passaria fome pela eternidade que causaria a segunda morte.

É importante destacar que para o morto se alimentar, no mundo dos mortos é necessário um encantamento presente na página 43 do  capítulo 23 do livro dos mortos, “A abertura da boca do morto”. Este encantamento é destinado para que volte as funções do morto, relacionadas a boca. O morto pede que seja retirado as vendas, [está relacionada as “ataduras” colocadas em volta de todo corpo, usando para preservação] de sua boca, pois proíbe de que ele fale e coma, mostra também o desejo que o defunto tem de que volte a utilidade da boca. Porém esse ritual era feito da seguinte forma:

“O sacerdote sempre começava pela purificação do morto, por meio de abluções e libações com o vaso “nemset” e fumigações de incenso; em seguida, o sacerdote tocava as narinas e a boca do morto com a “enxó mshtyw” para devolver-lhe o uso da boca e do nariz, ato que era repetido com outro instrumento chamado “o grande de magia, our-hekau”, em forma de serpente com cabeça de carneiro. Isso feito, os cinco sentidos eram reativados no morto e ele estaria apto a respirar, comer e falar no além, tendo suas faculdades devolvidas, isto é saindo do mundo dos vivos e entrando na necrópole como um vivo e não como um morto, já que todo o seu corpo funcionaria associado com o seu duplo, “ka”.”[ROLLAND, GAMA. 2015, p. 25.]

Observamos que o ritual é cheio de simbolismo e encantamentos, o que fazia o corpo do morto reanimar, devolvendo a ele as mesmas funções que tinha fazendo com que ele entrasse no mundo dos mortos com vida, além desse processo de reativação, o defunto tinha que procurar formas para nutrir seu corpo.

A alimentação era de grande importância para a manutenção do “Ka”, um dos elementos espirituais importantes, que tinha como papel principal a necessidade e realização do trabalho agrícola e o consumo de alimentos, para “driblar”essas tarefas os egípcios, criaram estatuetas que eram responsáveis pelo trabalho no além. No capítulo 6, do livro dos mortos se tem um relato sobre estes trabalhadores no pós-vida e de suas funções encarregadas a ser feitas, vemos a seguir:

“Oh! tu, Estatueta mágica, escuta-me! Fui convocado e condenado a executar trabalhos de toda espécie, esses que os Espíritos dos mortos são obrigados a fazer no além; sabe, pois, oh! Estatuetas mágicas: que possuis préstimos, deves obedecer o homem em necessidades! Aprende pois que serás tu a condenada em meu lugar pelos vigilantes do Duat, a semear os campos, a encher de água os canais , a transportar areia do Oeste[...]
A Estátua responde:
- Aqui me tens... Aguardo tuas ordens[...].”
[ANÔNIMO. 2005, p. 27.]

Vemos nesta citação as ordens que as estatuetas devem obedecer do seu senhor. No artigo de Rolland é explicado de maneira clara como se dava essa troca do morto pelo substituto:

“O papel do shabti como substituto do morto faz parte de um costume egípcio mais geral que pode ser chamado de substituição mágica. [...] No que se refere ao texto, o fato de o nome do morto estar inscrito nas estatuetas assegura que este artefato seja eficaz e um perpetuador da sua memória, agindo como um repositório para o seu ‘’Ka’’ e mantendo sua vida no Além.” [ROLLAND GAMA. 2015, p. 27-28.]

Contudo era necessário uma manutenção desse elemento, para manter o corpo ativo as suas funções como; comer, pensar e falar. O alimento servia como uma ponte para os dois mundos, o dos mortos e dos vivos.

Esses rituais falados a cima era de grande importância para reanimar o espírito do morto, já que seu corpo se encontrava em um estado de transição. Os encantamentos compostos no livro dos mortos, serviam também para a reanimação dos desejos, que o morto desfrutaria no fim da jornada.

Na viagem que o morto faziam no além não importava seu “status”social, todos teriam que passar pelas mesmas etapas, enfrentando os perigos em sua jornada até chegar ao tribunal no qual era conduzido por Anúbis, para ser julgado por Osíris na presença de 42 divindades. É de grande importância, destacar que essa travessia se dava por conta de uma barca citada no livro dos mortos como “barca de Rá” representava o sol e a lua, onde o defunto era transportado, como o mesmo diz:  “Eu circulo na barca de Rá e os desígnios deste deus são minha única lei.”[ANÔNIMO, 2005, p. 117.]Antes de chegar a seu destino, passaria por 12 travessias que eram guardadas por demônios.

No tribunal de Osíris, o morto passaria por uma série de confissões no qual negava os 42 pecados que possivelmente pudesse ter feito em vida terrena, estando descrito no capítulo 125 do livro dos mortos do antigo Egito, possuindo duas confissões negativas, na qual o morto se defende. Observamos o início dessa defesa: “Eis que trago no coração a verdade e a justiça, pois que arranquei dele todo mal. Não causei sofrimento aos homens. Não empreguei violência com meus parentes. Não substituir a injustiça pela justiça[...].” [ANÔNIMO. 2005, p. 137] Essas confissões eram importantes para que o morto, passasse pelo tribunal.

Após todas as 42 confissões negativas, dar-se início ao julgamento de Osíris tendo como réu o morto, no qual ele tinha o seu coração pesado em uma balança, que possuía como contrapeso de medição uma pena da deusa Maat, que simbolizava; a lei, a verdade e a justiça. O seu coração deveria se leve como uma pena para poder passar no julgamento, caso ocorresse desequilíbrio o morto era devorado por “Am-mit”, que possuía uma cabeça de crocodilo causando assim a segunda morte. o morto sairia inocente caso houvesse uma declaração de sua inocência. Ele então é encaminhado por Hórus a entrar em “Duat”, que era a moradia dos deuses e ali o morto desfrutaria da companhia dos deuses.

Portanto todo o ser vivo passará pela morte, a diferença é a diversidade que possui em várias culturas, na qual se tem vários mitos acerca da morte. Na civilização egípcia não era diferente, essa travessia que o morto fazia envolvendo ritos e simbolismo era de grande importância para se entender como esses povos encaravam a morte, e acreditava que essa passagem era algo transitório.

Referências
Camila Nascimento de Amorim é graduada de licentura em História pela universidade de Pernambuco (Campus Mata Norte.)
Email: camila-nascimentoamorim@outlook.com

ANÔNIMO. Livro dos Mortos do antigo Egito: O primeiro livro da humanidade. 9. ed.São Paulo: Hemus, p. 12-253, 2005.
CORONA, F. George. O Mundo dos Mortos no Antigo Egito: Interpretação Sociológica dos Funerais Egípcios em Perspectiva Durkheimiana. UNITAS, Vitória-ES, v. 4, n. 1, p.43-55, Jan/Jun, 2016.
Jan/Jun, 2015.
ROCKENBACK. Marina. Mitos, Rituais Funerários e Valores Sociais no Egito Antigo (1550-1070 a.C). Revista Mundo Antigo, Rio de Janeiro, v. 02, n. 1, p. 167-176, Jun, 2013.
ROLLAND GAMA, A. Cintia. Evitando a “Segunda Morte”: a necessidade alimentar do morto para manter-se vivo no Egito Antigo. REVER, São Paulo, v. 15, n. 1, p. 11-28,
SANTOS ELIAS, Moacir. A Morte e os Mortos no Egito Antigo in SOUZA NETO, José Maria de; BUENO, André da Silva; BIRRO, Renan Marques. (Ogr.). Antigas Leituras: Olhares do Presente ao Passado. Rio de janeiro: Autografia, p.232-256, 2016.

54 comentários:

  1. olá,eu fiquei com uma dúvida em um trecho do texto, poderia me esclarecer?
    "Após todo esse processo começar no mundo dos mortos viagens que a alma fazia."
    Matheus de Oliveira Costa

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    1. Boa noite, Matheus esse trecho que você ficou com dúvida é referente ao início da jornada do morto ao mundo dos mortos eu me coloco, relatando esse processo como uma viagem que iria ter fim ao chegar em seu destino, e é importante destacar que esse seguimento no mundo dos mortos é dado a partir do processo de mumificação que é um dos primeiros rituais dentro de vários que o mesmo passa.
      Att: Camila Nascimento de Amorim.

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  2. Ana Paula Sanvido Lara1 de outubro de 2018 às 17:08

    Cara Camila, poderia me esclarecer sobre a alimentação dos mortos? Entendi que o morto precisava ser sempre alimentado e isso era feito pela família, que levava alimento à tumba. Porém após algumas gerações, creio que ficaria impossível alimentar todos os mortos da família; nesse caso o morto passaria pela segunda morte também? Outra dúvida: é correto usar um conceito que creio ser judaico-cristão como "demônio" para definir os seres inferiores? Não há nenhum termo utilizado pelos próprios egípcios para definir tais seres?

    Ana Paula Sanvido Lara

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    1. Olá obrigada pela sua pergunta, os egípcios sabiam que poderia surgir aluns imprevistos em relação as suas oferendas por isso dentro das câmaras mortuárias se tinha desenhos e encantamentos de alimento e amuletos como, shabti (estatuetas que produziam alimentos e trabalhavam para seus senhores no além mundo) o que possibilitava que em meio a qualquer imprevisto o mesmo não passaria fome eternamente, e também a encantamentos que possibilita o compartilhamento de oferendas oferecidas aos deuses com o defunto. respondendo sua segunda dúvida não é correto utilizar esse conceito, pois é remetido a cultura judaico-cristã e são seres inferiores aos deuses e possuíam nomes diversos como o caso de Ammit (que devorava os que não conseguiam passar pelo julgamento de Osíris.)

      Obs: Espero ter respondido sua pergunta com clareza.

      Att: Camila Nascimento de Amorim.

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  3. Olá Camila.

    Como dizia João José Reis a morte é uma festa. Boa parte das atitudes tomadas em vida podem ser compreendidas com a ideia de morte e os caminhos traçados para que se obtenha uma morte digna.

    Tenho algumas dúvidas, o ritual da alimentação teria um fim? Existia um período de luto? Após a entrada no Duat a estrutura social era mantida?

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    1. olá, bom o ritual de alimentação nunca se teria fim, pois estamos falando de uma vida pós morte eterna, ou seja, as mesmas funções que o morto executava em vida, no Duat não seria diferente ele teria que trabalhar e se alimentar também, as mulheres ficavam responsáveis por esse período de luto cabiam a elas a função de chorar pelos mortos, essa profissão se chamava carpideiras, porém o que deve ficar claro é que essa função que se era realizada, não era por tristeza e sim alegria e também uma maneira de mostrar a importância que o morto teve no mundo terreno, bom nem todos tinham acesso a privilégios como os faraós continuavam tento no além mundo como os trabalhadores os (estatuetas, que ajudavam na função do trabalho e da alimentação) isso nos leva a crê que ainda se tinha uma divisão social porém não posso afirma de fato sua existência no pós morte. Espero ter respondido sua pergunta com clareza.
      Att: Camila Nascimento de Amorim.

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  4. Olá, quem poderia ter acesso ao livro dos mortos?
    Lorena Raimunda Luiz

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    3. olá, você pode comprar em livrarias como: a livraria cultura e saraiva entre outras ou até mesmo ter acesso gratuito em PDF!
      obs: só lembrando que o livro dos mortos foi uma tradução de um papiro chamado " papiro de Ani", ou seja, você pode encontra em PDF com esse nome!

      Att: Camila Nascimento de Amorim.

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    4. Lorena se você se refere no período do Egito antigo, só tinham acesso as classes de maior privilégio como os faraós, a nobreza, sacerdotes e escribas.( meio que fiquei em dúvida com sua pergunta, pois você não foi especifica ao período, por isso respondi duas vezes, mas espero ter esclarecido).

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  5. OI Camila.
    Gostaria se todas os egípcios passavam por esse ritual mais elaborado e se existia mais algum rito que fosse realizado ainda em vida, mas que fizesse referência a morte ?
    Obrigada.
    Gabriela Migon

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    2. Olá querida, todos os egípcios acreditavam em vida após a morte a diferença é que nem todos tinham a ajuda do livro dos mortos, quem tinha acesso era somente as classes de maior privilégio dentro da hierarquia como: os faraós, a nobreza, os sacerdotes e escribas, ou seja todos passavam pelo mesmo ritual incluindo até os egípcios de classe camponesa, se existe um ritual de preparação antes da chegada da morte infelizmente desconheço!
      Espero ter esclarecido sua dúvida e por nada (refiro-me a seu agradecimento)
      Att: Camila Nascimento de Amorim.

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  6. Olá,
    Gostaria de saber em que período exatamente do antigo Egito essas práticas e rituais fúnebres tiveram início, e se eram praticados por todas as classes da sociedade egípcia.

    Dalgomir Fragoso Siqueira

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    1. olá, essas práticas ritualísticas do pós morte, passa a se ramificar no período chamado de reino novo ou império novo, na qual encontramos outras classes dentro dessa hierarquia social além do faraó tendo acesso a esses processos, obrigada por sua pergunta.
      Att: Camila Nascimento de Amorim.

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  7. Camila olá. Fica bastante claro que a divisão social se estendia na vida após a morte e que a maioria dos egipcios, mesmo crentes na vida após a morte, jamais teriam acesso ao processo de mumificação ou ao livro dos mortos. Quais os possíveis medos daqueles que estavam condenados a morrer sem estes privilégios? Parabéns pela pesquisa.

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    1. Obrigada querida, o maior medo dentro dessa sociedade é a segunda morte isso em geral para todos marcaria o fim definitivo de sua existência, o processo de mumificação e a auxiliação do livro só eram ajudas que faziam seu processo de viagem chegar mais rápido ao seu destino que era o julgamento o que todos temiam de não passar pelo tribunal do deus Osíris.
      Att: Camila Nascimento de Amorim.

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  8. Olá, Camila. Parabéns pelo texto!

    As técnicas de mumificação eram comum a todos ou diferenciava-se conforme o poder econômico da família do morto?

    Jeferson Dalfior Costalonga

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    1. olá boa noite, as técnicas mais complexas e de maiores resistência (me refiro a melhor duração do corpo) eram direcionadas somente as classes de maiores prestígios, as técnicas mais simples era referente a classes pobre, ou seja, nem todos os processos compostos que ocorria
      na classe privilegiada possivelmente acontecia na classe menos favorecidas e essa opção fazia o processo ser menos custoso, infelizmente são muito poucos relatos que resistiu com o tempo.
      Att: Camila Nascimento de Amorim.

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  9. Olá boa noite, eu gostaria de saber um pouco mais sobre as práticas de embalsamentos nas camadas mais pobres dessas sociedade egípcias, e se na sala de aula poderia ser feito um paralelo com os Livros dos Mortos e a Bíblia, já que no trecho mencionado no texto, fala-se sobre a ressurreição do deus Osíris, tendo em vista que o personagem da bíblia, Jesus, também ressuscita, já que a maioria dos brasileiros se declaram cristãos. Este paralelo, seria um facilitador, para compreensão de um sociedade tão distante temporalmente?

    Mariane Martins de Sant' Anna

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    1. Olá boa noite, obrigada pela sua pergunta, antes de responde-la quero frisar um detalhe importantíssimo dentro da cultura Egípcia, quando falamos em um processo de mumificação, estamos falando de fontes muito escassas, como eu havia falado brevemente ao Jeferson Dalfior Costalonga, todos participavam a questão é que nem todos tinham acesso a um processo duradouro e melhor como os faraós, ou seja, é um procedimento que em sua grande maioria é muito variado. As técnicas de
      mumificação realizados nas múmias de classes mais baixas eram muito rudimentares, esse processo era simplesmente o corpo era enfaixado e não tinha a remoção dos órgãos internos. bom creio que esse paralelo seria impossível, pois ambas religiões tem troncos distintos uma é monoteísta e a outra politeísta, além da figura de Osíris poder se reencarnar(já que o faraó era reconhecido como a encarnação desse deus) e Jesus não, iria fica muito confuso fazer o paralelo, espero ter respondido sua pergunta com clareza.
      Att: Camila Nascimento de Amorim.

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  10. Olá Camila, parabéns pelo seu texto. É encantador a diversidade e as formas que os povos encaram a morte, principalmente os povos do Egito por ser tão antigo e riquíssimo dentro de sua especificidade. Essa cultura é riquíssima como foi explorado em seu texto não apenas por seus rituais, mas também por acreditar em algo além do tempo terreno mortal. Tenho uma dúvida você citou um fragmento do texto que me chamou mais atenção que os demais: “O alimento servia como uma ponte para os dois mundos, o dos mortos e dos vivos” eu gostaria que você explicasse um pouco mais esse ponto. Desculpe minha ignorância, mas de fato como ocorria essa ponte dos dois mundos através dos alimentos?
    Carolina Lima Costa

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    1. olá obrigada, bom não só o alimento tinha uma função importante entre os dois mundos através do Ka, (repositório) fazia com que houvesse um deslocamento de câmaras que era feita por uma força vital, mas de forma geral a constituição do ser é composta por outros elementos como o Ba, sua função está ligada a movimentação do morto entre os dois mundos,ou seja era o que possibilitava sua transição em ambos lugares distintos é exatamente dessa ponte que falo no texto, que era possível através da reativação desse elementos.O AKH, que era a constituição de todos os elementos, os egípcios acreditavam que após a morte esse se fragmentava-se se eram praticados rituais funerários no qual se ocorria a unificação desses de novo.

      Att: Camila Nascimento de Amorim.

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  11. Oi Camila.
    Achei seu texto muito interessante, rico em exemplos e bibliografias, o que incrementou a leitura.
    Também ao ler o seu texto me surgiu uma duvida, todo o processo que envolvia a preparação do morto para a vida após a morte era praticado por todos os setores da sociedade egípcia, ou haviam diferenças entre os rituais de camponeses e dos homens de mais alta posição social?
    Se existiram essas diferenças gostaria de saber.
    Agradeço.
    Cibele Raffaelly.

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    1. Olá obrigada, todos tinham acesso a esse ritual a diferença era o recurso nem todos tinham acesso a os materiais que os mais privilegiados utilizavam em seu processo de mumificação, os rituais realizados pela classe baixa os camponeses era bem mais rudimentares há alguns relatos em que em meio a esse processo nem se tiravam os órgãos e o corpo era simplesmente enfaixado nada muito elaborado, as práticas utilizadas por eles eram as mesma utilizadas no Pré-Dinástico, diferente da classe privilegiada que possuíam refinamentos elaborados para a preservação do corpo.

      Att: Camila Nascimento de Amorim.

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  12. Boa noite Camila.
    Minha dúvida é bem parecida com a da Cibele. Todos os mortos passavam por esses mesmos rituais? E em relação a alimentação dos mortos, caso o morto não tivesse família quem era responsável por alimenta-lo?

    Damiana Santana de Medeiros

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    1. olá boa noite, sim todos passavam a diferença é que nem todos tinha a ajuda do livro dos mortos e de amuletos, se tinha uma preparação até para os imprevistos, como o morto não ter família quem se encarregava de sua alimentação era as pinturas e objetos que se remetiam a alimentos que se tinham nas tumbas, no além mundo esses se tornavam reais.

      Att: Camila Nascimento de Amorim.

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    2. me esqueci de relatar algo importante, as vezes ocorria também de ser dividido as oferenda dos deuses com os mortos se caso os mesmo precisasse, já que suas oferendas também eram divididas com os deuses.

      Att: Camila Nascimento de Amorim.

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  13. Boa Noite. Camila como era a preparação dos mortos de classe baixa para a vida após a morte? Já que a mumificação era praticada somente pela elite?

    Noádia da Costa Lima

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    2. Olá Boa noite, as técnicas de
      mumificação realizadas nas múmias de classes mais baixas eram muito rudimentares, esse processo era simplesmente o corpo era enfaixado e não tinha a remoção dos órgãos internos.
      obs: se tem uma grande lacuna sobre esse processo de mumificação nas classes baixas, por causa da escassez de fontes.

      Att: Camila Nascimento de Amorim.

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  14. Realmente maravilhoso, o Egito antigo uma parte das mais maravilhosas da historia do mundo, Sensacional. Perfect.
    Diaciz Alves.

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    2. obrigada, infelizmente é muito pouco o que se sabe ainda sobre essas práticas, ainda se tem muito o que saber, porém boa parte das fontes se perde com o tempo.

      Att: Camila Nascimento de Amorim.

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  15. Como os menos favorecidos, ou seja, os pobres poderiam chegar no mundo dos mortos, já que não podiam comprar o livro dos mortos, o pergaminho, o guia que ensinava os egípcios como procedem no pós morte e somente os mais ricos poderiam comprar?
    Diaciz Alves

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    1. Olá, uma coisa é certa todos que morriam iriam para o Além mundo com ou sem a ajuda do Livro dos Mortos, porém esse aparato facilitava muito na jornada, pois alertavam sobre os obstáculos para se chegar ao julgamento de Osíris, sem essa ferramenta ficaria mais dificultoso a chegada ao destino e quem tinha mais acesso a esses guias eram as classes de mais prestígios como os faraós.

      Att: Camila Nascimento de Amorim.

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  16. Prezada Camila, gostaria primariamente de parabeniza-la pelo texto. Vou pontuar algumas coisas e gostaria que caso esteja errado,me informe. Primeiramente, as praticas eram feitas por todas as classes da sociedade, mas de diferente formas; em classes mais baixas as praticas eram de enrolar os corpos em um tecido simples e estes eram postos em valas no deserto. Outro ponto seria os amuletos; que possuiam segundo Petrie, W. M. Amulets, posições já determinadas no corpo do morto para o proteger.


    ATT. Otavio Vicente Ferreira Neto

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    1. Olá Otavio, agradeço pelas suas pontuações, isso exatamente está correto a classe mais baixa ainda continuava exercendo as práticas ritualísticas ainda do período Pré- Dinástico, enquanto a realeza "evoluiu" em suas formas de preservação, mas a realidade desse "retrocesso" das classes baixas eram porque não se tinham muito dinheiro para se fazer um embalsamento mais sofisticado. Um outro ponto que você destacou foi sobre os amuletos um exemplo dentre vários, é o escaravelho que tinha uma simbologia importante, sua função era assegurar que o morto chegasse no além mundo sem obstáculos entre outros objetos importantes nessa trajetória até chegar no Duat.

      Att: Camila Nascimento de Amorim.

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  17. Oi Camila. Parabéns pelo texto. De alguma forma, os procedimentos utilizados pelos egípcios atingiram outras sociedades a partir do contado direto com os mesmos? Obrigado! Abraço!

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    1. olá obrigada, infelizmente não sei te responder sobre essa possíveis influências de contatos diretos em relação a mumificação, mas em relação a agricultura e obras monumentais e em sistema de hidráulicos entre outros, os egípcios tiveram diversos contatos com outros povos, que possibilitou o aprimoramento, já sobre mumificações, a outros povos que praticavam como os Incas que tem múmias em ótimos estados de conservação, porém não sabe-se quase nada dos rituais.

      Att: Camila Nascimento de Amorim.

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  19. Olá, Camila. Minha dúvida é em relacionada a segunda morte. Ela seria o fim ou a pessoa teria mais alguma chance? E ela era encarada como um castigo ou realmente o fim da existência? Como era a questão das oferendas? Você teria que levar para todos os antepassados para sempre ? E uma dúvida que o texto não aborda. As esposas dos faraós eram mortas com eles ?

    Att. Maria Manuela Vitoria Fonseca Lourenço

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    1. Olá, a segunda morte seria de fato o fim, por isso que a todo custo os egípcios tentavam bular ela e era encarada como o fim da sua existência, bom as oferendas eram depositadas em uma das câmaras que existia na pirâmide e eram feitas o deposito das oferendas pelos primogênito do morto, se possível sim essa prática teria que ser para sempre realizada pois se tinha que ter a manutenção do Ka, mas as vezes ocorria imprevistos por isso dentro dessas Câmara terá desenhos de alimentos que se tornam reais no além mundo, o que sempre garantirá o abastecimento alimentar do morto fazendo com que nunca falte, no pré- dinastinastico era muito comum os faraós serem enterrados com suas esposas, não só elas mais todo seu aparato estatal como os sacerdotes os escribas, ou seja, seus empregados eram enterrados com eles, mas na segunda dinastia, por motivos políticos e sócias as tumbas passaram a ser moradia exclusiva dos faraós.

      Att: Camila Nascimento de Amorim

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  21. Boa tarde, professora. Tudo bem? Parabéns pelo texto e pela temática. Graças ao trabalho de decodificação feito por François Chapoliom e seus sucessores, a história do egito não foi sufocada/perdida por completo, mas ainda temos muita coisa para descobrir, trabalhar e produzir a escrita da história, porém encontramos uma grande lacuna documental e também o próprio processo de constituição da ciência histórica, a pergunta é: a senhora vê avanços/melhorias nesta área de pesquisa? Principalmente aqui entre os acadêmicos brasileiros?

    Abraço.
    Thalles Henrique Batista dos Santos

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    1. olá obrigada, porém devo lhe informar que ainda estou cursando,( irei entrar em contato com a organização do simpósio para a correção desse pequeno erro cometido), vejo Sim avanços voltados para o estudo da egiptologia e é interessante destacar que esse estudo aqui no Brasil é fruto de uma herança trazida por Dom Pedro II. E nos dias atuas podemos sim dizer que temos uma grande bagagem sobre a cultura egípcia, embora sabemos como você mesmo relatou das lacunas ainda existentes, que possivelmente quem sabe em um futuro próximo estudiosos consigam desvendar, é importante relatar que os objetos atualmente fontes de estudo não tem só uma ligação direta com os faraós e sim com as classe media ( as pessoas comuns), então atualmente aqui no Brasil o campo de estudo se abrangeu mais para essas áreas que ainda são pouco conhecidas.

      Abraço.
      Att: Camila Nascimento de Amorim.

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  23. Parabéns pelo texto Camila! É interessante notar a perturbação que a morte sempre causou nos seres humanos, em todas as épocas e civilizações. A fim de diminuir a dor da perda e o medo e a incompreensão da finitude, o homem criou os mitos, os rituais funerários e a ideia de uma continuidade da existência, mesmo que em outro lugar. As crenças e rituais funerários do antigo Egito são belíssimos, de uma complexidade incrível, mesmo não tendo acesso a todo universo de produção cultural da época, devido à antiguidade da História egípcia. É sempre muito bom conhecer a diversidade cultural das antigas civilizações, em especial um assunto tabu como esse da morte.

    Oscar Martins Ribeiro dos Santos

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    1. olá obrigada, sim de fato é muito interessante pois a sociedade egípcia era um povo além do seu tempo, porém ainda se tem muita coisa a ser descoberta, mas o que nós já temos posse de conhecimento dessa civilização é um aparato vasto e bem complexo.

      Att: Camila Nascimento de Amorim.

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